quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Como adormece o meu bebé?


Eu tinha escrito um texto sobre características que esperamos dos nossos bebés e afinidade mas…o computador resolveu dar o berro, e bem alto. Pifou. Foi-se. Agora anda no “médico” (que, para a minha sorte, é o meu pai) a ver se é ressuscitado…e espero bem que sim ou as trocentas fotos da minha filha vão pro badagaio, e daí eu que fico doente! Alias, já estou doente, embora a culpa não seja do pc mas sim de uma gripe maldita que me anda a atacar a garganta e o nariz. Andamos os três todos ranhosos cá em casa, haja papel, soro fisiologico e aspirador nasal!!! Além disso a bolha assassina alienígena ainda não decidiu voltar a sua terra e continua a perturbar, embora muito menos do que antes. Mas pronto, nada de muito grave e aqui estou eu, com outro computador que estava na casa dos meus pais e a escrever um novo texto sobre um assunto diferente porque perdi a pachorrinha para voltar a escrever a mesma coisa que já tinha escrito e que, puff, sumiu.

Então hoje decidi falar-vos de dois livros sobre o sono dos bebés. Antes de mais queria mencionar que, apesar de existirem IMENSOS livros sobre bebés, nenhum pai ou mãe precisa de algum deles para realmente ser um bom pai, mas que os mesmos podem vir a ser uteis, isso não consigo negar. Como eu gosto muito de ler investi em alguns livros mais por curiosidade do que por outra coisa qualquer (se bem que estes dois que irei falar foi mesmo necessidade).

O 1º livro que adquiri quando a minha filha tinha 1 mês chama-se The Secrets of the Baby Whisperer (na versão brasileira foi traduzido para A Encantadora de bebês…não sei como se chama na versão portuguesa pois não consegui encontrar). Foi escrito por uma senhora que tinha um programa na TV sobre bebés e que, infelizmente, morreu em 2004, ainda nova, de uma doença terminal. Quanto ao livro, resumidamente dá-nos dicas em como conseguir que um bebé durma a noite toda (e atenção que a noite toda que refere o livro para recém nascidos são 5h a 6h seguidas, não mais que isso),  através de uma rotina de sono e alimentação e também em como conseguir adormecer um bebé mais facilmente, sem as famosas “birras” de sono (normalmente resultantes de cansaço excessivo).



 Digo-vos que este livro ajudou-me em muito, mas também atrapalhou em muito. Contraditório? Explico: o livro contem abordagens que podem realmente ser boas dicas a seguir (com ele aprendi a identificar os sinais de sono da minha filha e agir depressa antes que ficasse demasiado exausta e, consequentemente, agitada), mas que pode deixar a mãe um pouco frustrada caso as coisas não corram como o descrito (se ela acordava mais cedo do que seria de esperar, se queria mamar antes de adormecer, enfim). Por isso, embora tenha-me ajudado a ter uma noção do que poderia fazer para melhorar o sono da minha filha (que basicamente lutava contra o sono quando recém nascida), também deixou-me mais nervosa e ate irritada quando a bebé não “seguia” o que eu tentava incutir-lhe.

Com este cenário, resolvi comprar o 2º livro sobre o sono, de outra autora, perto dos 3 meses da Princesa e que se chama The no cry sleep solution. E foi um alivio. Não acho que contenha dicas melhores que o livro acima, mas permite que sejamos menos “rígidas” nas nossas abordagens. Sozinhos, estes livros  não serviram ao meu propósito, juntos complementaram-se lindamente. Tirei de ambos as dicas que achei que poderia utilizar com a minha filha, e adaptei-as. 



E acho que no fundo é isso: nenhum livro contem receitas milagrosas, mas todos eles podem dar-nos algumas “luzes” quanto ao que fazer, dicas que podemos adaptar a nossa personalidade e a personalidade do bebé. E é por isso que amo livros e amo ler. Eles dão-nos uma outra perspectiva das coisas e ajudam-nos a encontrar o nosso próprio “método”, basta filtar aquilo que achamos que não irá resultar connosco e utilizar o queconsideramos ser uma boa ideia.

Já agora, ontem peguei no The baby Whisperer versão mais completa (que comprei quando a minha filha fez 4 meses mas fiquei a meio) por curiosidade, apos o pc pifar, e continuei daonde tinha parado. Fiquei feliz ao constatar que a técnica que a escritora usou com um dos bebés foi muito semelhante com o que fiz com a minha filha por puro instinto, quando ela tinha 2 meses e meio: como a minha filha chorava muito para adormecer (provavelmente de exaustão, porque queria ficar acordada e mesmo no colo não dormia), e como ainda berrava mais se a colocasse deitada sozinha, resolvi começar a adormece-la ao meu lado na cama e não ao colo simplesmente porque eu já não aguentava mais (nem ninguém aguentava mais 2 horas seguidas com ela, de um lado pro outro, no colo). Então consistiu basicamente em afaga-la e encostar a minha bochecha no rosto dela enquanto sussurrava uma canção. A principio a minha princesa resistiu (lembro-me bem que, da 1º vez, foram aproximadamente 1h30 ate ela adormecer, entre choros, xuxas, canções e rostinho colado)…da 2º vez 1h, da 3º vez 30 minutos…e as restantes 10 a 15 minutos (como todos os livros que li aconselham, usei sempre o mesmo método por pelo menos 1 semana em todas as sonecas  para não confundir a bebé). O fato é que foi a melhor coisa que fiz na vida…não sabem o alivio que foi poder adormecer um bebe sem ter que a embalar de um lado pro outro. Não consigo imaginar como teria sido te-la que adormecer ao colo com os seus 4 meses, época em que recomeçou as birras para dormir e demorava 1h a noite ate adormecer (muito embora não chorasse muito, mas mexia-se imenso e distraia-se com tudo mesmo na semi escuridão!!). 



Há vários métodos por aí sobre como adormecer bebés, e tal como o assunto do post “Onde dorme o meu bebé”, caberá a cada pai e mãe decidir o que fazer. Mas digo que também depende muito do bebé: há bebes que facilmente habituam-se a adormecer sozinhos no seu berço, sem nada mais que uma musquinha calmante ou um mobile a girar. Há outros que precisam de um certo “incentivo” para o fazer, apos algum choro, mas que também rapidamente conseguem. Mas também há os bebes que claramente não irão se adaptar com isso, que berram de aflição, e aí acho que é o nosso dever de pais acudi-los. Para mim há muita diferença num choro de cansaço – que é comum e normal – a um choro de abandono. Eu com a minha filha houve algumas vezes que para não enlouquecer (acreditem, ela conseguia tirar-nos do sério), tinha mesmo de a deixar sozinha no quarto por 10 ou 15 minutos até conseguir acalmar-me. O choro dela era agonizante e reparava que depois disso ela ficava muito mais irritada e chorosa, provavelmente com medo que eu a voltasse a abandonar. Por isso a famosa técnica do “cry it out” (o método Estivil é um dos que apregoam esta técnica de choro “controlado”) pode resultar para alguns bebes – e creio que sem danos, muito embora seja inconcebivel para muitos pais – mas para outros pode ser extremamente sofrido e totalmente contra indicado sobre o risco de incutir medos e traumas que podem ate vir a manifestarem-se futuramente.

Portanto cabe a nós pais avaliar: que tipo de bebé é o meu? Será um bebé propenso a facilmente habituar-se a adormecer sozinha ou, por outro lado, precisa de companhia? E ainda mais: que tipo de pai/mae sou eu e qual o meu objetivo? Sou alguém que gosta de adormecer o bebé ao colo ou fico irritado/a com isso? (E aqui lembrem-se que um recém nascido pesa muito menos que um bebé de 6 meses, por isso levem isso em conta). Só a partir daí podemos escolher um rumo. Eu digo-vos, nunca gostei de adormece-la ao colo. Canso-me muito facilmente e fico frustrada caso ela demore mais que 5 minutos. Mas a minha bebé sempre foi uma bebé que não adormece sozinha. Então o que fazer? Bem, como puderam ler, decidi-me pelo intermédio: dei-lhe a companhia que a Princesa precisava e arranjei um meio com o qual eu não ficasse cansada nem frustrada. E resultou lindamente. Hoje em dia ela já adormece na sua caminha de grades (desde os 6 meses...antes disso só adormecia ao meu lado na minha cama), mas continua a precisar da minha presença no quarto e que lhe dê  a minha mão. Sim, basta a minha mão. Normalmente, em 5 minutos adormece com seus dedinhos gordos fechados sobre os meus, com uma musica relax como fundo. Eu costumo aguardar ate os dedinhos ficarem molinhos e  puder soltar-me com facilidade (o que demora mais 5 minutos). E assim deixo-a a dormir suas sonecas de, normalmente,  1h30.

Por isso quando me perguntam com qual método acho melhor para adormecer um bebé eu respondo: aquele com que te sintas confortável em faze-lo e que achas que está de acordo com a personalidade do teu bebé. Para pais como eu que ficam exaustos em adormecer bebés ao colo, ou sempre a mama, e cujos bebés não parecem ser dos tais que irão acostumar-se com o adormecer sozinho (e nada mais natural, afinal são bebés, é normal quererem companhia!), deixo o meu testemunho acima: arranjem uma maneira de dar ao bebé o carinho e companhia que precisam, mas dêm-vos também o direito de apreciar esse momento escolhendo um meio intermédio para ambos. E ainda digo ás mães que amamentam: embora possa parecer muito mais fácil adormecer um bebe a mama (bem, depende do bebé, a minha filha não ia la nem com mama!), lembrem-se que não faz mal DESDE QUE ele consiga adormecer também de outra maneira, ou correm o risco de ficarem totalmente dependentes do bebé e não puderem sair ou descansar sem ele, e a não ser que seja esse o vosso objectivo, penso custará menos habituar um bebé desde cedo a dormir de outras maneiras do que se esperarem para mais tarde.

E pronto, ufaaa, isto ficou gigante! Vamos as perguntas de hoje: 

* Como adormecem os vossos filhos em casa?
* Eles adormecem em outros locais fora de casa? (já agora, a minha adormece muito bem no carrinho e no ovo no carro. E quando precisamos, la adormeço no meu colo).
* Estão satisfeitos com a forma de adormecer o vosso bebé ou gostariam de mudar? 
* Já leram algum livro sobre o sono? Se sim, ajudou? 

Beijinhos a todos!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Nem sempre é amor à 1º vista...


E ontem a minha bebecas fez seu 8º mesaniversário, celebrando num domingo tal qual quando nasceu. Por vezes dou-me a olhar para ela e a pensar em como está crescida e em como, cada dia que passa, descubro mais sobre a sua personalidade e gostos, fazendo com que me sinta mais próxima dela. Mas nem sempre foi assim. E é sobre isso que queria falar-vos hoje: o que sentimos quando somos mães.

Sinto que a maioria das pessoas descreve a maternidade como sendo algo maravilhoso – e é – e contam que o momento em que os filhos nasceram foi o mais precioso momento de todos. Porém, acho que para um outro grupo de mães – e creio que são em numero maior do que aquilo que ouvimos – este amor todo não ocorre de um momento para o outro. A magia simplesmente não acontece. E ficamos a espera e a espera…e olhamos e olhamos e…nada. E muitas vezes o que pensamos ao olhar para o bebé é “mas quem é esta pessoa estranha?”. 


Vou contar-vos como foi comigo, pois acredito que ao partilharmos estas experiências podemos ajudar alguém que possa estar na mesma situação pela qual já passamos e sente-se culpada pois tudo o que escutara não se concretizou. 

Como mencionei acima, a minha filha nasceu num domingo de São João. Já andava com algumas contrações alguns dias antes, mas nada que me alarmasse. De fato estava muito tranquila: a minha gravidez foi ótima, não tive quase sintomas nenhuns, não engordei quase nada, não tinha estrias, não inchei, não me sentia muito cansada, fiz uma barriga pequena que me permitiu dormir bem ate as 40 semanas, enfim… 5 estrelas! Muito embora a nível emocional tenha passado por muita coisa enquanto estava gravida (foi uma gravidez não planeada, mas bem recebida por mim, porém tive de mudar TUDO na minha vida, desde mudar de casa, casar, mudar os planos futuros, etc), fisicamente estava ótima (mesmo a fazer tratamento para o hipertiroidismo, coisa que já tinha antes de engravidar).

Devido a todo este bem estar físico estava confiante que o parto correria as mil maravilhas. De fato  o meu parto não foi mau, simplesmente não foi como desejava. Ansiava por um parto tranquilo, sem maquinas a apitar, sem soros,  sem estar presa a uma cama mas, por falta de opção (tive a princesa no hospital publico) de repente vi-me induzida (mesmo já tendo contrações, aparentemente com a desculpa das mesmas não abrandarem) e encontrei-me com dores que duravam e duravam e não me deixavam ganhar fôlego para a próxima. Caso para dizer que 15 minutos após o inicio da indução com oxitocina virei-me para a enfermeira e disse que ia querer a epidural (antes ainda estava com duvidas). A minha sorte foi que já tinha a dilatação necessária para isso e a anestesista estava disponível. Olhem, eu sinceramente nem sei como a anestesista conseguiu dar-me a epidural, acho que aquela mulher tinha poderes sobrenaturais ou realmente um dom incrível, porque eu tremia tanto (não de dor mas de nervosismo ) que se ela falhasse o ponto correto não a iria culpar. O processo não demorou muito, e ao contrario do que eu supunha, também não magoou. Em breve la estava eu, sem dores, deitada a descansar. Mas presa na cama cheia de fios…ai os fios! Não sei bem descrever o como odeio estar cheia de agulhas e fios presos a mim…e tenho na memoria que o cateter doeu mais que o parto em si, possas! 

Tinha chegado as 8h no hospital, 11h oxitocina, 12h epidural, 16h vontade de fazer força. E fiz e fiz e fiz…e ela desceu mas estagnou em alguma parte. E a mim só me apetecia colocar-me de cócoras, mas nem me pude colocar mais pra frente sequer "devido a epidural”. De repente o ambiente que estava até tranquilo (só eu, a enfermeira e o meu marido) virou uma total confusão de gente a entrar e a sair. Eu honestamente só me lembro de flashes de tão confusa que fiquei. Ouvi algo como “o bebé não desce mais, vai ter de ser ajudado com ventosa”. Bem, já fiquei branca…mas o pior é que continuaram “o marido tem que sair”. O quê???? Então no momento em que mais preciso dele simplesmente tiram-mo do quarto??? Eu fiquei tao possessa que honestamente nem me lembro bem da minha filha a nascer. Foi o marido a sair e ela nasceu…ou algo assim. Ok, lembro-me do momento antes que senti uma dor cortante la em baixo e, feito estupida, ainda bradei “ei estão ma cortar” (como se tivesse a fazer queixinhas do medico a enfermeira); caso pra dizer que não é propriamente um momento da minha vida em que me orgulhe :p .  Bem, ela nasceu  as 17h05 e colocaram-ma em cima de mim, de pes voltados pra mim porque aparentemente o cordão umbilical era curto. E eu toquei-lhe nos pés, e até foi um momento especial.


E depois quando a trouxeram na mantinha fiquei com ela por longos minutos – até um outro médico fazer o seu trabalho de costura nas zonas baixas (alias, um verdadeiro “bordado da Madeira” porque só pelo tempo que ali fiquei deve ter levado muitos pontos e pontinhos) – até ser levada para vestir a roupinha e novamente ser trazida para mim, desta vez para o meu seio (que pegou como se fosse uma bebé grande!). E eu só pensava “onde raios está o meu marido?”. È uma das coisas que mais lamento: deixei de apreciar estes primeiros momentos de vida dela porque estava a pensar em todo o resto. Sentia-me incompleta, não era o cenário que tinha sonhado. E assim continuei por uns bons meses. Sim, é claro que amava a minha filha, mas devido ao fato de ela também chorar muito (cólicas, lutas contra o sono, etc), dei comigo a querer fugir de tudo. Nos primeiros 3 meses de vida dela só pensava que queria descansar…queria isolar-me num quarto sozinha, na penumbra, e por la ficar em silencio por tempo indeterminado. Silencio, era tudo o que eu desejava.

Passei por varias crise de nervoso, gritei com muita gente (incluindo com a bebé, como se ela fosse a causa dos meus problemas) e chorei muito…chorei de cansaço, de tristeza, por achar que não estava a ser uma boa mae, por achar que estava a sobrecarregar todos a minha volta, chorei de culpa por não ter a paciencia necessária. Resumindo a historia (os detalhes ficam para outra altura), só comecei a sentir que estava “apaixonada” pela minha filha quando ela completou 4 meses. Até lá ela era alguém que eu queria proteger mas uma pessoa que eu não conhecia. Não sabia quem ela era. Do que gostava? Porque chorava? Agora olho para ela a brincar aqui ao meu lado, feliz a agitar um livro barulhento e a rir-se quando a chamamos e sinto o meu coração a aquecer-se com cada traço de seu pequeno rosto rechonchudo. Mas como disse no inicio, nem sempre foi assim.

É por isso que digo futuras mães ou mamãs a pouco tempo, nem sempre as coisas são o que desejamos. As vezes precisamos de tempo para absorver o que acontece a nossa volta, para conhecer o nosso bebé, para começar realmente a aprecisar a sua presença. Não somos piores mães por termos um inicio conturbado, isso só nos faz humanas e, verdade seja dita, as hormonas nestas alturas em nada ajudam. E, por experiencia própria, mesmo com apoio a nossa volta podemos sentir que o chao desaparece dos nossos pés e a culpa por não conseguirmos lidar com tudo isso, e a sensação que estamos a ser um estorvo para outros, pode deitar-nos ainda mais a baixo.


A quem está a passar por isso eu só posso dizer: SHAKE IT OUT! Em outras palavras, agitem-se, mexam esses rabixoles lindos e saiam do buraco. Escrevam um diário, leiam um livro (descobri um pouco tarde que um dos momentos mais relaxantes que poderia ter ao longo do dia era enquanto a baby mamava e eu lia um livro), dêm um passeio sozinhas (ou mesmo com o bebé), aderiam a um novo corte de cabelo, não descuidem da aparência…aos poucos o bebé cresce, o período das cólicas passa, eles conquistam “novos territórios” e novos desafios aparacem…mas é isso mesmo, ser mae é viver de desafios e temos duas opções: ou encaramos isso como uma boa aventura ou desmotivamos com os obstáculos.  Não sei quanto a vós, mas acho a 1ºopçao a melhor. É claro que haverá períodos mais difíceis e é normal as vezes irmo-nos abaixo, mas o relogio não para e eles crescem e crescem e depois creio que sentiremos falta desres dias “agitados”.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Onde dorme o meu bebé?


Bem, hoje queria falar-vos de um tema que as vezes deixa-me intrigada pela forma como, por vezes, tendemos a atacar aqueles que seguem uma “linha” diferente da nossa.

De há uns tempos para cá que cada vez mais os casais (ou um deles) opta pelo chamado Co-sleeping, que consiste no bebé dormir SEMPRE na cama dos pais (alguns consideram que co-sleeping também pode incluir o bebé dormir na própria caminha de grades MAS no quarto dos pais), porém aqui irei considerar co-sleeping somente a 1º opção.  Pois bem, esses casais são muitas vezes atacados com palavras de “credo, e vocês não têm vida conjugal?” ou “vais te ver a rasca quando quiseres que ele durma na própria cama!” ou outras coisas menos simpáticas. No entanto, também sinto que há uma espécie de ataque inverso dos que fazem co-sleeping para os que optam ter o bebé em quarto diferente…palavras como “achas que o teu bebé é feliz assim?” (mas com aquela cara de desconfiança e em tom de “claro que não é feliz!”), ou então “isso não é natural” ou “a nossa sociedade esqueceu-se de suas bases” (aparentemente a base da sociedade para quem fala isto é baseada - e corrijam-me se estiver errada - no que as tribos de hoje em dia continuam a fazer).


O que eu digo é: alto lá e pára o baile!!! Em 1º lugar, o que dá-nos o direito de julgar a opção da outra pessoa? E mais, o que nos faz pensar que a nossa opção é melhor do que a do outro? Digo-vos uma coisa, não sou adepta do “tudo é relativo” pois acho que certas coisas são mesmo certas e outras são mesmo erradas, mas neste caso em especifico será que há uma opção realmente correta ou há várias opções que são certas ou erradas de acordo com a personalidade de cada pai e mãe e também da do bebé? Ao meu ver, quando fazemos uma escolha temos que olhar várias perspectivas: analisar os nossos gostos, os nossos objectivos e, sobretudo, os nossos limites. Para alguns o co-sleeping é uma dádiva, um momento de amor e de serenidade, algo que faz o casal feliz e, por isso, o bebé também. Para outros o co-sleeping nada mais é que uma obrigação para que todos possam dormir melhor. E para outro grupo o co-sleeping pode tornar-se um verdadeiro pesadelo. 



Na minha opinião cada um sabe de si e as opções que tomamos têm por base a nossa personalidade e o modo como vemos o mundo, e o que resulta pra uns, não resulta pra outros. Se existe um casal na família penso que o co-sleeping só é valido se ambos sentirem-se confortáveis com isso porque, e aqui vai o meu ponto de vista, de nada adianta querer estar próximo do bebé se isso irá afetar a vida conjugal pois, queiramos ou não, as nossas ações como casal afetam nossas crianças. Um casal que opte pelo co-sleeping precisa tirar prazer dessa partilha única e, obviamente, ter criatividade e vontade para também puderem tirar um tempo sozinhos sem o bebé (sexo, e de qualidade, também é importante minha gente!). Se, por outro lado, um dos membros do casal não se sente confortável em dormir junto com o bebé (o espaço torna-se menor, pode ter medo de magoar o bebé, etc) e o outro membro não se sente feliz em colocar o bebé sozinho num quarto,  acho importante encontrarem um meio termo (por exemplo, ao invés da cama partilhada, porque não o bebé na sua caminha de grades mas no mesmo quarto dos pais? Ou, quem sabe, a caminha de grades sem uma das grades ao lado e unida a cama dos pais? Primeiro ha que ver porque alguém não quer o co-sleeping e, de acordo com isso, achar uma possível solução para ambos os lados), afinal, como diz o ditado, no meio está a virtude e conversando tudo se resolve! 



O importante, para mim, é que o casal esteja unido e, se não totalmente de acordo, que pelo menos respeitem o outro e encontrem, juntos, uma solução intermédia. Eu acredito que o bebé não será mais ou menos feliz por dormir colado aos pais ou na sua própria cama desde que receba todo o amor de que precisa no resto do dia, como também não concordo que bebés que andem sempre ao colo sejam mais felizes do que aqueles que andam em carrinhos (por exemplo). Não é só uma questão de personalidade e gostos mas também uma questão de hábitos…um bebé está a aprender sobre o mundo, e portanto pra mim faz sentido incutirmos hábitos neles que apreciamos e/ou que estejamos confortáveis em realiza-los, porque do que adianta alguém acostumar o seu bebé a estar sempre no colo e a dormir ao seu lado se fica cansada, frustrada, com dores nas costas e irritada com isso? Os bebé são sensíveis ao nosso humor e por isso penso que o que faz sentido é tentarmos manter o equilíbrio entre mãe/pai e bebé de forma a suprir as necessidades do bebé mas respeitando os nossos limites.

 Um bebé feliz será aquele que é criado por pessoas felizes, amáveis e confiantes no que estão a fazer independente da opção de co-sleeping, colo toda a vez que o bebé pedir ou outro tema qualquer (como a amamentação, por exemplo. Mas desse tema talvez fale noutro dia). Por isso não gosto quando as pessoas criticam um lado ou o outro, ou porque dá-se muito colo ou porque optamos por não dar colo sempre que o bebé resmunga. São opções e, apesar de saber que há pessoas que acham que isso fará uma diferença BRUTAL no futuro (algo como a capacidade do bebé quando for grande em dar amor as outras pessoas ou, em contradição, ser um sirial killer - ok, obviamente estou a exagerar), acredito que não é por aí; o importante é que se sintam amados e, ao meu ver, não precisamos andar com o nosso bebé sempre a tiracolo para que ele sinta que o amamos....mas, claro está, quem está feliz e propenso a dar colinho muitas e muitas vezes, acho otimo! (Eu confesso que não o faço...além de sofrer de dores nas costas, acho importante a MINHA bebé  saber ficar noutro lugar sem ser ao colo ou em constante companhia).

No fundo, cada um de nós faz aquilo que achamos certo ou errado, aquilo que achamos que RESULTA ou não para a nossa família. Ao longo deste texto eu dei aqui a minha opinião, mas será ela a correta para o meu vizinho? Talvez não. E isso é errado? Claro que não. Todos somos livres de ter opinião, mas acho essencial darmos a conhecer o nosso ponto de vista com respeito ao outro (ou não dá-la de todo, afinal as vezes é melhor ficar calado) e com a noção que a outra pessoa  pode não pensar da mesma maneira.O problema nestes assuntos de maternidade é que corremos o risco de, com uma suposta boa intenção, estarmos a condicionar a outra pessoa - que por vezes encontra-se insegura e frágil no momento em que lançamos um bombardeamento tipo 3º guerra mundial de criticas, sugestões e certezas absolutas - a fazer algo com o qual não se sente confortável. Cada um deverá avaliar o que acha que pode resultar melhor para TODOS os membros da família.


Já agora, e só a critério de quem possa estar curioso, a minha filha dorme connosco no quarto, mas na sua caminha de grades ao lado da nossa cama. O motivo que optamos por isso é porque, em 1º lugar, vivemos num T1...só por aí é obvio que tinha de ser no nosso quarto . Em 2º lugar porque ela ainda acorda bastantes vezes e torna-se mais fácil pra mim – que ainda amamento – te-la ao meu lado. Não optei pelo co-sleeping na minha cama porque não temos uma cama muito grande e limita os nossos movimentos e porque não é um habito que gostaria que ela ganhasse (lá está, já estou a pensar em longo prazo! Uma bebé nao ocupa tanto espaço como uma criança de 2 ou 3 anos!). Pessoalmente acho importante o bebé ter o seu espaço (afinal quem não gosta de ter o seu espaço?), mas como disse, este é o meu ponto de vista. 

Mas olhem, ultimamente a princesa tem dormido connosco na cama porque anda atacada com a gripe e assim ao meu lado dorme melhor porque consolo-a durante a noite, ajudo-a a virar-se, levanto-a um bocado se vir que está aflita, enfim…é mais pratico para mim e mais confortável para ela. E afinal quem não gosta de mais miminhos quando se está doente? Acho que não podemos ser muito rígidos porque os bebés passam por fases, e quando estão doentes precisam de mais atenção (tal como nós), daí achar importante ser flexível neste sentido. 

Lanço uma pergunta para vocês leitores: qual a vossa opçao relativamente ao tema acima? E porquê optaram por dada "linha"? 

Ps: deixo-vos este artigo que encontrei hoje num grupo de mamãs e achei interessante:  O erro fundamental na apreciação dos outros.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Surpresa!


Ui, estou cansada (o que me rendeu um sono ao fim de tarde não planeado quando fui deitar a baby para uma soneca enquanto as visitas estavam na sala...que mal! Mas prontos, o meu marido estava com elas e são amigos de longa data, penso que compreendem, certo?). Mas como ia a dizer...hoje o dia foi a correr: centro de saúde para um penso novo na bolha alienígena (já agora aproveito para comentar que ela é persistente e diz que ainda não está pronta para retomar ao seu planeta), depois ida ao supermercado para compras de ultima hora do que faltava pra festa surpresa de aniversário do meu marido, buscar um puff novo manualmente confeccionado com material reciclável (já agora deixo aqui o link da senhora que o fez para quem mora na Ilha da Madeira: Funchal Arte),toca a ir pra casa almoçar (nisto já eram quase 15h!), arranjar uma desculpa para expulsar o marido de casa, buscar o bolo, preparar a mesa, fazer as sandes, colocar faixa e balões e uffa! Ainda bem que recebi ajuda da minha mana (do coração, porque não tenho irmãos de sangue) e da minha mãe.

Depois la chegaram as visitas (convidei pouca gente, só as pessoas que ambos conhecemos, todos ex colegas de curso da universidade) e toca a falar baixo para o grande momento da chegada do marido a casa…Bem, caso pra dizer que foi pena não ter filmado a cara dele quando sai de corneta a tocar e a dizer parabéns e o pessoal a minha trás! Tipo “que diabos se passa aqui?”. Haha. O bolo ficou lindooo (mandei-o fazer numa pastelaria cá perto de casa, a Sésamo perto da rua da queimada, Funchal, para quem interessar), eis algumas fotos do dito cujo que foi a atração da festa: 





O motivo de ser uma máquina fotográfica é porque o hobbie do meu marido é a fotografia (para o meu desgosto fotografia de natureza e não pessoas...pff, logo eu que adoro sair numa foto!!) 

Mas bem, com isto tudo nem me lembrei de pesquisar aspiradores nasais para a pequenota :(
Enfim, minha cabeça está meio em água e não consigo pensar muito mais por isso fico por aqui. Estou com uma preguiça louca de me levantar e fazer a sopa da baby + arrumar as coisas pós festa (neste momento o marido já foi para as aulas e a princesa está a brincar mas anda meio rabugenta), mas tem de ser! 

Beijos e até breve.

A 1º constipação nunca se esquece


3h30 da manhã e cá estou de pestana aberta desde as 2h30…dei leitinho a princesa, que está a criar com amor e carinho sua primeira constipação (haja ranhoca!). Devido a ser a primeira sou nova no assunto e não sei bem o que fazer. Dicas? Amanha vou comprar um aspirador nasal porque, coitada, parece gente grande a roncar enquanto dorme com aquela ranhoca toda, faz impressão! E soro fisiológico somente não ta a dar conta do recado.

 Já eu estou a tentar ignorar a dor na perna advinda de uma estupida bolha que rebentou ontem e, por qualquer motivo estranho (deve ser uma super bolha alienígena!!), infeccionou tudo a volta…parece que tenho uma tatuagem em forma de sol vermelho, cheio de raios em volta (fixe, sempre quis uma tatuagem). Já fui ao centro de saúde e até tornei-me objeto de estudo para uma estagiária. Amanha la regressarei para trocar o penso e ver se a bolha alienígena está a sentir-se melhor e a querer regressar ao seu planeta (vai pra casa bolhinha!).


E agora pronto, barriguinha cheia, antibiótico tomado, toca a voltar pra cama e tentar dormir alguma coisa antes da princesa acordar novamente porque amanhã será um dia cheio e como ainda não dei o link deste blog ao marido, posso contar-vos: festinha surpresa de aniversario [muito embora receio que ele já desconfie porque, azar do caraças, foi resolver mexer na zona do armário que NUNCA costuma mexer –sim, lei de Murfy ao ataque! – e encontrou um saco cheio de coisinhas para amanhã, tanto que virou-se para mim e indagou “amor, porque andas a esconder comida no armário?” (ou algo do género) …eu ainda pensei em dar a desculpa que estava a recear o fim do mundo  e a fazer provisões devido a isso (quer dizer, não que fosse muito útil mantimentos após morrer, mas nunca se sabe o que vem antes de estar com os pés na cova), mas lembrei-me que 2012 já foi, pelo que sai-me com outra desculpa qualquer enquanto brincava normalmente com a baby. Se pegou ou não, amanhã veremos].

Boa noite!

  Ps: e não tem muito a ver com o assunto, mas a maluca aqui foi pesquisar ranho no google (ai a falta do que fazer!!!) para este tema tão agradável e encontrou isto: